foto: arquivo da EEF Rui Poester Peixoto |
Com 1.001 alunos matriculados, a Escola Municipal de Ensino
Fundamental Rui Poester Peixoto, em Rio Grande, a 300 quilômetros de
Porto Alegre, valoriza a relação família e escola e incentiva a
participação dos pais na educação dos filhos. “Cuidar e educar envolvem
estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de
todos os responsáveis pelo processo”, diz a diretora, Elizabete
Guimarães.
Para que ocorra a aproximação, a família é chamada a participar de
diferentes atividades. “Essa presença constante fortalece as relações e
estimula os alunos”, avalia Elizabete. Pós-graduada em gestão escolar,
com ênfase em orientação, supervisão e administração, ela está há 25
anos no magistério, dois deles na direção.
Ao desenvolver atividades educacionais, a instituição conta sempre
com a participação dos familiares dos alunos. Um exemplo é o projeto
pedagógico Procurando Nemo, criado pela professora Carla Dias Coutinho
para alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos.
Inspirado no filme de animação de mesmo nome, sobre as aventuras de um
peixe-palhaço, Marlin, e seu filho, Nemo, o projeto ganhou proporção
pelo fato de a maior parte das crianças ter pais pescadores. “Houve
grande colaboração entre família e escola”, diz Carla. “As crianças
tiveram noções sobre pesca predatória, poluição dos rios e mares e seres
que habitam esses locais.”
Atualmente, Carla desenvolve o projeto Nossos Bichinhos de Estimação,
sobre a “posse responsável” de animais. A proposta é diminuir o
abandono de animais domésticos. “Começamos com a escolha dos bichos
prediletos e procuramos figuras em revistas. Os pais ajudam com desenhos
e nomes dos animais que têm em casa”, explica a professora.
A professora criou o blog Deixa que Eu te Conto, que permite aos
alunos mostrar aos familiares os trabalhos desenvolvidos nas aulas. “Por
meio do laboratório de informática da escola ou do meu notebook, em
sala de aula, as crianças relembram as atividades desenvolvidas e me
auxiliam na escolha das imagens que serão postadas”, explica.
Graduada em psicologia e em pedagogia, com habilitação em educação
infantil e pós-graduação em psicopedagogia institucional, Carla acredita
que os projetos têm grande retorno. “É preciso tornar a metodologia
atraente, mágica, para que as crianças tenham vontade de acordar cedinho
e ir para escola e ali desenvolver e construir a própria aprendizagem”,
enfatiza.
Independência — Também professora de educação
infantil na mesma escola, Rosana Miranda Cabral é defensora da
metodologia de projetos. “Com essa pedagogia, a criança vai despertando a
autonomia, a independência e descobrindo formas de aprendizagem em que
ela mesma seja protagonista desse processo”, afirma.
Pedagoga, com mestrado em educação ambiental, Rosana envolve as
famílias dos alunos nos projetos por entender que são parceiras
fundamentais. “Considero extremamente importante que o trabalho do
professor esteja articulado e receba auxílio e estímulo da família”,
diz. No projeto Higiene e Saúde, desenvolvido este ano pela professora, a
família participa de todas as etapas e assume protagonismo em ações
como a fiscalização da adoção de hábitos saudáveis no cotidiano das
crianças.
Leia mais no Portal do MEC.
Texto: Fátima Schenini
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