A proposta do Projeto Mundial da Educação é extrapolar os muros da escola e levar a educação para os
vários espaços da cidade: praças, museus, jardins. Sob o princípio de
que qualquer espaço público tem potencial educativo, entidades decidem
organizar em um site uma lista de locais com propostas de
atividades educativas que podem ser desenvolvidas em cada um deles. Para
começar, foram escolhidas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo. O
primeiro desafio é: ativar as praças.
As praças fazem parte do
primeiro chamamento. Todo mês será escolhido um ambiente para ser
mapeado. O convite é simples: "Toda cidade, por menor que seja, tem uma
praça. E toda praça é um respiro, um espaço feito para que as pessoas
possam parar, encontrar e conviver. Já imaginou ocupar esse território
com atividades educativas?". Qualquer um pode participar. Basta acessar o
site
e indicar locais e atividades que podem ser desenvolvidas. As
atividades podem ser voltadas para qualquer idade do período escolar.
As contribuições podem ser inspiradas em atividades que já são desenvolvidas. No site,
estão disponíveis exemplos de utilizações das praças. Um deles é o da
Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Pezzotti que, uma vez por
semana, desenvolve atividades com os alunos no Parque Linear das
Corujas, na zona oeste de São Paulo. O espaço é uma espécie de
praça-parque gerido com apoio da comunidade. Lá, os estudantes discutem
temas próprios do local, como arte e cidadania.
O projeto conta
com o apoio de organizações como AoQuadrado, Catraca Livre, Centro de
Referências em Educação Integral, Fábrica de Aplicativos, Fundação Itaú
Social, Fundação SM, Imagem, Imagina na Copa, Inspirare, Instituto
Esporte Educação e movimento Todos pela Educação, além das secretarias
municipais de Educação das cidades-sede da Copa.
O que é organizado fica disponível na internet e em aplicativo para smartphones.
Dessa forma, as escolas e os educadores têm acesso e podem planejar
aulas e atividades nos espaços urbanos. A intenção é a partir do ano que
vem levar o projeto para além das cidades-sede.
"Esperamos
conseguir trazer para os alunos de hoje maior interesse pela
aprendizagem. É possível aprender em vários outros lugares além da
escola, fazendo uma conexão do conteúdo que se está ensinando nas salas
de aula com outros ambientes", explica a gerente de comunicação do
movimento Todos pela Educação, Camilla Salmazi. "Sabemos que um dos
maiores motivos de evasão escolar é o desinteresse", acrescenta.
A
fim de mobilizar mais pessoas para que contribuam com o projeto, o
Mundial da Educação vai formar ativadores, voluntários que serão
responsáveis por atrair contribuidores. Segundo o projeto, professores,
alunos, parentes de estudantes, líderes comunitários, e qualquer cidadão
pode se candidatar para ser um ativador. As inscrições podem ser feitas
pela internet.
Fonte: Agência Brasil
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