A educação é o componente que mais avançou, entre 1991 e 2010, no
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). É o que aponta
relatório divulgado no dia 29 de julho pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Em 1991, o Brasil possuía um IDHM
Educação de 0,279. Ao longo de duas décadas o País avançou 0,358 pontos,
chegando a um índice de 0,637 em 2010 – crescimento de 128% no período.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou o avanço na
educação dos mais jovens e ressaltou, também, a importância do
crescimento do fluxo escolar na construção do índice. “A grande
contribuição foi o fluxo escolar de crianças e jovens. Partimos de um
patamar muito baixo, mas tivemos grande evolução, o que é um dado
impressionante”, afirmou.
O relatório aponta evolução em todos os indicadores da educação. O
número de crianças de cinco a seis anos na escola, entre 1991 e 2010,
passou de 37,3% para 91,1%”, O total de jovens entre 11 e 13 anos
frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu no período: de
36,8% para 84,9%.
Já a taxa de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo
chegou a 57,2% em 2010. Duas décadas atrás esse indicador contabilizava
20% desta faixa da população. O total de pessoas entre 18 e 20 anos com
ensino médio mais que triplicou nas duas últimas décadas: o indicador
passou de 13% para 41%.
IDHM – O IDHM adapta o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) para a realidade dos municípios, de acordo com as
especificidades locais. No cálculo do índice são consideradas três
dimensões: educação, longevidade e renda. Os valores variam de zero
(mínimo) a um (máximo). Considerando os três componentes, o IDHM do
Brasil cresceu 47,5%, entre 1991 e 2010. No período, o País avançou de
0,493 (baixo) para 0,727 (considerado alto).
A metodologia de cálculo do componente educação no IDHM é composta
por dois subíndices: a escolaridade da população adulta e o fluxo
escolar da população jovem. No que se refere à escolaridade, a
porcentagem da população com mais de 18 anos que concluiu ao menos o
ensino fundamental chegou a 54,9% – em 1991 esse índice era de 30,1%.
Para o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, o
progresso no IDHM apresentado pelo Brasil nos últimos 20 anos representa
um exemplo para demais países da Organização das Nações Unidas. “O
relatório mostra que com ação e compromisso político é possível mudar a
realidade e atacar defasagens históricas”, disse.
Municípios – Entre 2000 e 2010, 65% dos municípios
brasileiros cresceram acima da média nacional no componente educação do
IDHM. O mais alto índice relativo a educação é o de Águas de São Pedro,
em São Paulo, com 0,825. No município, todos os indicadores encontram-se
acima de 70%, com destaque para o número total de crianças de cinco a
seis anos frequentando a escola, que chegou a 100%.
São Caetano do Sul e Santos vêm logo em seguida, com índices de 0,811
e 0,807, respectivamente. As regiões Sul e Sudeste têm mais de 50% dos
municípios nas faixas de alto e médio desenvolvimento humano relativo a
educação. Ao todo, 23% dos municípios brasileiros estão acima do índice
médio do país no IDHM Educação.
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior IDHM Educação
(0,742). Em seguida estão São Paulo e Santa Catarina, com 0,719 e
0,697, respectivamente.
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