Há pouco mais de um ano, o programa Bombando Cidadania aderiu à Mobilização Social pela Educação, um chamado do Ministério da Educação (MEC) à sociedade para o trabalho voluntário de mobilização das famílias e da comunidade pela melhoria da qualidade da educação brasileira.
“Esse trabalho está contribuindo para que tenhamos sucesso no nosso objetivo de aumentar a nota média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas da Bomba, que hoje é de 3.8, para 6 até o final de 2012”, diz Adriana Franco, gerente do Instituto Walmart.
O trabalho começou em julho de 2010, a partir de uma oficina realizada pelo MEC para a apresentação do Plano de Mobilização Social pela Educação e sensibilização das lideranças do bairro da Bomba do Hemetério, no Recife (PE), para a importância de se melhorar a qualidade do ensino das seis escolas da região.
“Esse trabalho está contribuindo para que tenhamos sucesso no nosso objetivo de aumentar a nota média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas da Bomba, que hoje é de 3.8, para 6 até o final de 2012”, diz Adriana Franco, gerente do Instituto Walmart.
O trabalho começou em julho de 2010, a partir de uma oficina realizada pelo MEC para a apresentação do Plano de Mobilização Social pela Educação e sensibilização das lideranças do bairro da Bomba do Hemetério, no Recife (PE), para a importância de se melhorar a qualidade do ensino das seis escolas da região.
O Comitê de Apoio ao Bombando Cidadania elegeu, então, dois mobilizadores sociais pela educação: André Luiz do Nascimento e Maria Sueli de Souza, que mapearam o Ideb das instituições de ensino locais e desenvolveram um plano de trabalho para mobilizar a comunidade.
Aproximação com conselhos tutelares
Com coordenação do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IAHD) e parceria com a direção das escolas e os conselhos tutelares da região, André e Sueli têm realizado 15 visitas mensais, em média, à casa de alunos do ensino fundamental. “Estreitar a relação com o conselho tutelar foi uma grande vitória. As escolas vinham reclamando muito da ausência dos conselheiros tutelares”, afirma André.
Reunião de mobilizadores, gestores e conselheiros tutelares |
Segundo ele, a grande dificuldade enfrentada pelos mobilizadores é fazer com que os pais compreendam a importância da educação para os filhos e não vejam a escola apenas como um meio de garantir o recebimento do Bolsa Família.
“Nas visitas que faço, procuro saber se as crianças da família estão frequentando a escola, se os pais sabem da importância de participar do conselho escolar, se acompanham a vida escolar dos filhos. Tento explicar que a base para o sucesso daquela família está em incentivar e monitorar os estudos de seus filhos para que tenham um futuro melhor”, conta André, que também atua como agente de saúde pela prefeitura do Recife.
Outra questão relevante que vem sendo trabalhada nas seis escolas da Bomba do Hemetério é o esclarecimento a respeito dos direitos e deveres de cada um dos atores envolvidos na educação. Ou seja, o que cabe à escola, aos alunos e aos pais. “Os pais estavam delegando à escola toda responsabilidade pela educação dos filhos. Mas a realização de reuniões entre os pais e diretores para tratar dos casos mais críticos está contribuindo para mudar essa situação”, conta Elisangela Gonçalves, do IAHD.
Combate à evasão escolar
“Esse trabalho está ganhando importância porque através dele temos um contato maior com a família e contribuímos bastante porque temos a oportunidade de intervir, trocar conhecimento”, diz Sueli, orgulhosa. Educadora pela prefeitura do Recife há 20 anos, cabe a ela atuar sobre os casos mais complicados de evasão escolar, detectados pela direção das escolas.
“Nas visitas que faço, procuro saber se as crianças da família estão frequentando a escola, se os pais sabem da importância de participar do conselho escolar, se acompanham a vida escolar dos filhos. Tento explicar que a base para o sucesso daquela família está em incentivar e monitorar os estudos de seus filhos para que tenham um futuro melhor”, conta André, que também atua como agente de saúde pela prefeitura do Recife.
Outra questão relevante que vem sendo trabalhada nas seis escolas da Bomba do Hemetério é o esclarecimento a respeito dos direitos e deveres de cada um dos atores envolvidos na educação. Ou seja, o que cabe à escola, aos alunos e aos pais. “Os pais estavam delegando à escola toda responsabilidade pela educação dos filhos. Mas a realização de reuniões entre os pais e diretores para tratar dos casos mais críticos está contribuindo para mudar essa situação”, conta Elisangela Gonçalves, do IAHD.
Combate à evasão escolar
“Esse trabalho está ganhando importância porque através dele temos um contato maior com a família e contribuímos bastante porque temos a oportunidade de intervir, trocar conhecimento”, diz Sueli, orgulhosa. Educadora pela prefeitura do Recife há 20 anos, cabe a ela atuar sobre os casos mais complicados de evasão escolar, detectados pela direção das escolas.
Conselheiros palestram para pais na E. M. Margarida Pessoa |
Sueli conta que há muita evasão de alunos que vivem em um ambiente familiar desestruturado, no qual por vezes há pais presos e usuários de drogas. “Os diretores levantam os casos de alunos que não estão acompanhando os estudos. Vamos até a casa da família verificar o que está acontecendo e conversar com os responsáveis. E, quando é necessário, encaminhamos a questão para o conselheiro tutelar”, explica.
“Esse trabalho de melhoria da educação é um trabalho contínuo, não para”, conclui Sueli. Para ilustrar seu comentário, a educadora lembra o caso de um aluno recentemente reintegrado à escola. O estudante em questão tem o pai preso e mãe usuária de drogas. O irmão ainda não voltou a estudar, mas Sueli não desistiu dele. “Estamos tentando incluí-lo num curso livre de capacitação para ver se ele se anima a voltar para a escola”, diz.
Semana do Folclore
Em agosto, os mobilizadores pela educação aproveitaram a Semana do Folclore para experimentar uma atividade diferente nas escolas: uma série de oficinas de reciclagem, conduzidas por artistas. Dessa forma aproximaram artistas e população e apresentaram novas possibilidades de convivência dos pais dos alunos com as escolas.
“Esse trabalho de melhoria da educação é um trabalho contínuo, não para”, conclui Sueli. Para ilustrar seu comentário, a educadora lembra o caso de um aluno recentemente reintegrado à escola. O estudante em questão tem o pai preso e mãe usuária de drogas. O irmão ainda não voltou a estudar, mas Sueli não desistiu dele. “Estamos tentando incluí-lo num curso livre de capacitação para ver se ele se anima a voltar para a escola”, diz.
Semana do Folclore
Oficina de Dança Popular |
“Foi muito interessante. A gente entendeu que é possível fazer um trabalho mais profundo com as escolas, inclusive com a participação dos pais. As oficinas de reciclagem, por exemplo, podem ser uma fonte de renda para os pais desempregados”, afirma André Luiz do Nascimento.
Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação
A experiência do Bombando Cidadania será apresentada no Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação. O evento será realizado entre os dias 12 e 14 de outubro em Fortaleza (CE).
A experiência do Bombando Cidadania será apresentada no Seminário Internacional de Mobilização Social pela Educação. O evento será realizado entre os dias 12 e 14 de outubro em Fortaleza (CE).
Fonte: http://www.iwm.org.br
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