Neste 8 de março, queremos parabenizar todas as mulheres, em especial as educadoras e mobilizadoras sociais pela educação, e reafirmar nossa luta por educação pública de qualidade que supere o sexismo, o machismo, o racismo, a homofobia e tantas outras discriminações ainda presentes nas escolas.
Esta é uma data que nos faz lembrar a luta de muitas mulheres que tiveram suas vidas ceifadas por reivindicar melhores salários, condições de trabalho, dignidade e igualdade. Além desse resgate histórico, é momento para denunciar as contradições ainda presentes em nossas vidas, como também para dar visibilidade às nossas conquistas. Conquistas essas que foram impulsionadas por meio da organização das mulheres e da sua inserção na vida social e política do país, aliadas às políticas públicas adotadas pelos governos, que ampliam cada vez mais os nossos avanços na consolidação dos direitos das mulheres.
Travamos uma luta constante por direitos que vão desde o cotidiano até a política, desde as relações pessoais até o mundo do trabalho, desde o cuidado com as crianças até a divisão das tarefas domésticas, ao direito de viver sem violência, entre tantos outros aspectos que envolvem a vida das mulheres.
Temos avançando muito, mais precisamos avançar mais, com políticas públicas que combatam as desigualdades salariais e que reduzam o impacto do trabalho doméstico sobre a vida das mulheres, como a criação de creches, escolas de tempo integral, restaurantes e lavanderias públicas. No campo da representação política, somos sub-representadas nos espaços de poder. Somos mais da metade da população e no parlamento temos apenas 45 deputadas de um total de 513 parlamentares, na Câmara dos Deputados, e 10 Senadoras de um total de 81 no Senado Federal.
Portanto, precisamos urgentemente de uma reforma política que assegure a participação das mulheres, historicamente excluídas da esfera pública e dos espaços de decisão.
Nós, mulheres educadoras, precisamos fazer com que a escola tenha papel fundamental nesse processo de desconstrução, de respeito às diferenças, respeito à diversidade. A escola não deve rotular atividades e definir brincadeiras “de meninos” e “de meninas”, mas ser um espaço para construir a igualdade entre os gêneros.
Ivanete Oliveira dos Santos
Coordenadora do Plano de Mobilização Social pela Educação - PMSE/MEC
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