A informação foi destacada pelo jornal O Estado de São Paulo, na edição desta segunda-feira, 29 de novembro, que antecipou os números que seriam apresentados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em cerimônia no Palácio do Planalto. Ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro inaugurou 30 escolas federais de educação profissional e 25 campi de 15 universidades federais.
Confira o destaque do Estadão:
29 de novembro de 2010
Lisandra Paraguassú / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Mais brasileiros estão estudando por mais tempo. Os novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que serão divulgados hoje pelo Ministério da Educação, mostram que, entre 2002 e 2009, o número de adolescentes de 15 anos que concluíram o ensino fundamental subiu 10,3 pontos porcentuais. No ensino médio, a evolução foi ainda maior: 50,2% dos jovens de 19 anos concluíram a escola.
No entanto, os números mostram um lado ainda ruim. Apesar da evolução, apenas a metade dos brasileiros consegue completar a sua educação formal na idade correta. E boa parte não vai além dos oito primeiros anos de ensino. Aos 24 anos, 77% dos brasileiros hoje têm o ensino fundamental. Mas, nessa mesma faixa etária, apenas 58% concluíram o ensino médio.
Os números, que serão apresentados pelo Ministério da Educação no Palácio do Planalto, mostram ainda que a média de escolaridade aumentou 1,4 ano no período de 2002 a 2009 entre os brasileiros de 20 a 24 anos e 0,8 ano entre os adolescentes de 15 a 17 anos.
A taxa de analfabetismo, ainda um dos pontos fracos da educação brasileira, caiu apenas dois pontos porcentuais: são 9,7% os brasileiros que ainda não sabem ler ou escrever.
O documento preparado pelo MEC é um grande relatório da área desde 2003, quando Lula assumiu o governo. Um dos destaques do documento é a evolução dos investimentos: pela primeira vez o País alcançou uma média de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de gasto com educação. Em 2003, esse índice era 3,9%. Apesar de as recomendações internacionais serem de um gasto de 6% do PIB e o Plano Nacional de Educação aprovado em 2001 ter previsto 7%, o valor atual é o maior que o Brasil já alcançou.
Outro destaque será a distribuição de recursos. Até 2001, o investimento público no ensino superior era 10,5 vezes maior que o da educação básica. Em 2009, essa relação caiu para menos da metade - 5,1 vezes.
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