Selo da Campanha Igualdade Racial é Pra Valer |
O Comitê de Mobilização Social pela Educação do Rio de janeiro (Comitê Rio) reproduz em seu boletim eletrônico disparado neste domingo, 05 de junho, texto de Élcio Braga divulgado na versão on-line do jornal O Dia, em que o autor analisa a ampliação do acesso da população negra às universidades brasileiras a partir de 1990.
O boletim do Comitê Rio também destaca 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, conforme proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 18 de dezembro de 2009, durante Assembleia Geral da entidade.
Rio - A resposta simples e desanimadora mudou destinos. Início de 1990, salão da Igreja da Matriz, em São João de Meriti: cem jovens negros e carentes falavam sobre a fé. Por curiosidade, frei David Raimundo dos Santos perguntou quantos queriam fazer faculdade. "Apenas dois irmãos confessaram a intenção, obrigados pela mãe, agraciada por bolsas na instituição em que trabalhava como servente", lembra.
O episódio levou à criação da Educafro, influente entidade empenhada na democratização do acesso à faculdade pública. A ideia tornou o Rio mais justo e se espalhou pelo Brasil. Nos últimos cinco anos, mais negros entraram na universidade do que em todos os séculos anteriores somados.
Multidão de carentes passou a enxergar brecha no muro da faculdade. Política de cotas, pré-vestibulares comunitários e Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, criaram novo cenário. As classes C e D se tornaram maioria na universidade: 72,4%. “Diziam que eu, merendeira, filha de lixeiro, não podia fazer faculdade”, conta Therezinha Mello, 71, formada há seis em Serviço Social.
Contrários à ideia argumentavam que cotistas não conseguiriam acompanhar a turma. Pesquisa entre 2003 e 2006 mostrou desempenho do cotista superior em 29 dos 48 cursos na UERJ. "A minha grande alegria é que as cotas derrubaram a máscara das universidades públicas brasileiras", diz Frei David.
Fonte: O Dia - de 05 de junho de 2011
O boletim do Comitê Rio também destaca 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, conforme proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 18 de dezembro de 2009, durante Assembleia Geral da entidade.
Confira o texto do jornal O Dia:
Cotas e programas de apoio derrubam mitos e levam educação e futuro a milhares de jovens. C e D já são maioria na universidade
por Élcio Braga - 05.06.11 às 00h37 – O Dia onlineRio - A resposta simples e desanimadora mudou destinos. Início de 1990, salão da Igreja da Matriz, em São João de Meriti: cem jovens negros e carentes falavam sobre a fé. Por curiosidade, frei David Raimundo dos Santos perguntou quantos queriam fazer faculdade. "Apenas dois irmãos confessaram a intenção, obrigados pela mãe, agraciada por bolsas na instituição em que trabalhava como servente", lembra.
O episódio levou à criação da Educafro, influente entidade empenhada na democratização do acesso à faculdade pública. A ideia tornou o Rio mais justo e se espalhou pelo Brasil. Nos últimos cinco anos, mais negros entraram na universidade do que em todos os séculos anteriores somados.
Multidão de carentes passou a enxergar brecha no muro da faculdade. Política de cotas, pré-vestibulares comunitários e Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, criaram novo cenário. As classes C e D se tornaram maioria na universidade: 72,4%. “Diziam que eu, merendeira, filha de lixeiro, não podia fazer faculdade”, conta Therezinha Mello, 71, formada há seis em Serviço Social.
Contrários à ideia argumentavam que cotistas não conseguiriam acompanhar a turma. Pesquisa entre 2003 e 2006 mostrou desempenho do cotista superior em 29 dos 48 cursos na UERJ. "A minha grande alegria é que as cotas derrubaram a máscara das universidades públicas brasileiras", diz Frei David.
Fonte: O Dia - de 05 de junho de 2011
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