sexta-feira, 1 de março de 2013

Estudo indica que escolas com bom desempenho incentivam aproximação das famílias

O envolvimento dos pais nas atividades educativas dos filhos foi a fórmula encontrada pela Escola Municipal Beatriz Rodrigues da Silva, de Palmas (TO), para melhorar o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – que saltou de 4,7 em 2007 para 8 em 2011. A instituição faz parte do estudo Excelência com Equidade, desenvolvido pela Fundação Lemman e pelo Itaú BBA para traçar um panorama de escolas públicas que atendem alunos de baixo nível socioeconômico e que apresentaram bom desempenho nas avaliações.

Entre os casos analisados, o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria, um dos responsáveis pela pesquisa, destaca o comprometimento das equipes envolvidas. “Algumas estratégias implantadas, como o acompanhamento contínuo das secretarias de educação, poderiam causar desconforto nos professores, que talvez se sentissem invadidos. Conseguir alcançar uma mudança cultural é um dos grandes desafios”, diz.


Entre as práticas que ajudam as escolas a alcançar bons resultados, o estudo indica quatro estratégias em comum nas instituições analisadas: criar um fluxo aberto e transparente de comunicação; ganhar o apoio de atores de fora da escola, como entidades e poder público; enfrentar resistências com o apoio de grupos comprometidos e respeitar a experiência do professor e apoiá-lo em seu trabalho. “São práticas simples, mas que exigem engajamento de toda a equipe”, afirma.

A diretora da escola Beatriz Silva, Fátima Pereira de Sena e Silva, também destaca o trabalho em equipe. Segundo ela, a presença da família foi decisivo. “Nós queremos que a comunidade se envolva com a escola, que participe da Festa da Família, do Festival da Primavera. Esse é um trabalho de parceria com as famílias”, diz. Dar atenção total aos alunos foi outra estratégia traçada para atingir notas mais altas no Ideb. “Se o aluno não vem, ligamos para a família. O uso do uniforme é muito cobrado, não permitimos que eles tragam celular para a escola. Nossa evasão é zero”, destaca. Para 2013, a instituição tem 880 alunos matriculados do ensino fundamental.

Para receber mais turmas, a escola de Palmas deve adaptar duas salas que até então eram utilizadas no projeto Mais Educação, do Ministério da Educação (MEC), que prevê a realização de atividades no contraturno. “Queremos atender mais a comunidade. Temos que nos adaptar para isso. Seria mais cômodo continuarmos como estávamos, mas a ideia é servir quem está ao nosso redor. É em nome do bem do grupo”, explica.

Entre outras justificativas para a boa qualidade do ensino, a diretora aponta as reformas na escola, além da capacitação e valorização dos professores. “É uma questão de motivação, de mostrar que, se nós começarmos com o pé direito, vai ser mais fácil e vamos ser reconhecidos”, diz.

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Fonte: http://undime.org.br

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